sexta-feira, 26 de junho de 2009

Doze anos se passaram e o Trem Mineiro continua nos trilhos


A primeira formação do Trem Mineiro teve enquanto músicos o saudoso Marcelo Bruce na bateria, Marcos Paiva, Nelson e até então a inseparável dupla Valtinho (acordeom) e Thyaga (voz e violão). A 1ª formação fez sucesso, mas a transitoriedade de músicos constante no universo musical de Viçosa, já que vários atuantes são estudantes que se formam e mudam da cidade, culminou num “Troca-troca” de integrantes que por muitas vezes indicavam o término do trabalho. Mas a banda não acabou, passando por este tipo de dificuldade e outras como a transformações que o forró raiz sofreu, as críticas do público e até mesmo o descrédito de empresários que tentaram forçar o grupo a mudar o perfil e se transformar nos grupos mais reconhecidos do gênero como a Fala Mansa, o Calypso e outros que fazem sucesso no país.
Mas, o músico e professor Thyaga junto de seu amigo e também criador do grupo, Valtinho, não se prontificaram a tocar os “famosos e atuais” forró universitários e que de acordo com vocalista se transformou no forró-universitário-sertanejo. “Somos uma fusão de ritmos e tendências que mantém a identidade da raiz. A pior coisa que tem é musico sem identidade, o cara que toca de acordo com a moda. Nunca aceitei isso pra mim” acrescenta Thyaga que antes de montar o Trem Mineiro, tocava MPB e foi criticado pelos amigos e fãs por adotar o forró em 1995, por admiração à música regional brasileira.
A montagem do grupo se deu numa apresentação de voz, violão e safona proferida por Thyaga e Valtinho. Daí em diante convidaram os músicos da primeira formação e montaram o Trem Mineiro. Aos 12 anos são centenas de shows, viagens por todo país e a gravação do CD e DVD, que levam o nome da banda.
O trabalho de resistência, que já sofreu represália de empresários que exigiam a adequação do som para um estilo mais pop, conta hoje com Thyaga e Valtinho, Pedro Ezequiel (Bateria), Tatiane (vocal), Cristiano (Guitarra) e Rodrigo (baixo) “Recentemente, dois músicos, que eu estava confiando no trabalho com eles, de repente nos deixaram na mão. Eu assustei muito com isso, disse ao Valtinho: o trem acabou. Fiquei deprimido e triste pois é a última banda de Viçosa remanescente dos anos noventa que ainda resiste. Mas para nossa surpresa vieram esses amigos maravilhosos, o Pedro foi meu aluno, o Cristiano é um “monstro” na guitarra e deu um gás, a Tatiana que tinha saído voltou pra minha surpresa. E o telefone começou a tocar e não pára, graças Deus”.

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