Devido ao sucesso do editorial da edição passada “Um sábado cultural em Viçosa” (vide e revide em www.culturatividades.blogspot.com ) venho nessas mau traçadas (adoro jargões, rsrs) tentar repetir a fórmula do tido sucesso para abordar a Cena Cultural na cidade universitária.
No momento é oportuno falar do Coletivo 103, um coletivo de pessoas em
sua maioria estudantes, amantes das várias manifestações culturais que nesse
2011 vem pondo pra quebrar. É até interessante, usar da fórmula do sucesso e
falar dos coletivos, afinal esses estão espelhados pelo mundo e enfaticamente
assentados no nosso país, possibilitando novidades, numa sociedade que vivia
(vive) uma fase digamos de não aberta para o novo.
Acho que novas produções sempre foram apresentadas, mas pouco vistas,
observadas e apreciadas pelas mentes pensantes desse país (pode ser chamada de
panelinha ou inhas), que no meu modo de ver não possibilitavam as novidades à
massa. Mas agora parece que estamos mudando (internet e alta tecnologia com
pouca grana) e isso é motivo para entusiasmo e não lamurias. Vamos ao que
interessa:
Pois então, aquele grupo de cabeludos e barbudos acompanhados de umas
meninas pra frente que dão o toque feminino necessário a toda boa coisa
(Coletivo 103), tem realizado com chancelas de importantes setores da sociedade
(empresariado, imprensa (hehe), poder público, senhores Tunico Mirada e
Gumercindo Souza Lima) atividades artística-culturais de primeira, com destaque
para os Café(s) Literário(s), o Tranversarte e daqui uns dias a Noite Fora do
Eixo, no Galpão. E eles têm contribuído e muito para a construção da Nico Lopes
2011 (a vinda do Emicida que é parceiro do Criolo que serão mencionados abaixo
tem a intervenção deles - Coletivo 103 - através do coletivo Fora do Eixo que
se não me engano, é o maior da América Latina).
Outra destacada promoção do grupo
aconteceu no domingo cultural, dia 02 de outubro, o “Aqui não Toca Raul”, cobertura
completa nas páginas 16 e 17. O evento propôs a apresentação de 5 bandas locais
que só tocaram músicas autorias. Foi um barato. O público que compareceu teve
acesso somente a novidades e por si só, se jogou, dando créditos aos trabalhos
produzidos na cidade. Eventos dessa magnitude têm de acontecer várias e várias
vezes e sempre obter as chancelas, afinal essa ideia de coletivo já pegou nos
grandes centros possibilitando o novo.
Provas de grande proporção do que estou falando são os emergentes
Emicida e Criolo que ganharam respeito e espaço na mídia devido ao formato
coletivo com que trabalham. Ambos foram os principais nomes do VMB (Premiação
proposta pela MTV) e um deles vem aqui, fazendo parte da promoção da Nico
Lopes, vale a pena conferir o cara e, o Criolo também. Finalizo com algumas
frases que exibem em suas canções.
“Solta na Babilônia, ensina a chamar rato de senhor
Nós tá na fila do emprego, mantimento, visita
Vive pra ser feliz e morre triste, ó que fita
As pessoas se esbarra, se olha, se cala
Não pede ou cobra desculpa, porque ninguém mais se fala (memo)
Joga lixo no chão, como se fosse um lugar à esmo
Aí da enchente, os mesmos reclamam do governo
Que não governa nada, tá nem pro mal nem pro bem
Ia governar como, se aqui ninguém ouve ninguém?
Minha cidade trampa 24 horas por dia
Os que não morrer de tédio, morre de asfixia
A CIA monitora isso que cê faz agora
Mas não interfere, só fere, o pai da criança que chora
Nosso sofrimento dá prêmio pra quem se esconde em bairro nobre
Tô cheio disso, igual as cadeias é cheias de pobre (porra!)
Cidadania onde? Nós cuspiu na lei de Gandhi
É quente memo, cidadão é uma cidade grande”
Nós tá na fila do emprego, mantimento, visita
Vive pra ser feliz e morre triste, ó que fita
As pessoas se esbarra, se olha, se cala
Não pede ou cobra desculpa, porque ninguém mais se fala (memo)
Joga lixo no chão, como se fosse um lugar à esmo
Aí da enchente, os mesmos reclamam do governo
Que não governa nada, tá nem pro mal nem pro bem
Ia governar como, se aqui ninguém ouve ninguém?
Minha cidade trampa 24 horas por dia
Os que não morrer de tédio, morre de asfixia
A CIA monitora isso que cê faz agora
Mas não interfere, só fere, o pai da criança que chora
Nosso sofrimento dá prêmio pra quem se esconde em bairro nobre
Tô cheio disso, igual as cadeias é cheias de pobre (porra!)
Cidadania onde? Nós cuspiu na lei de Gandhi
É quente memo, cidadão é uma cidade grande”
Emicida – Cidadão
Os bares estão cheios de almas tão vazias
A ganância vibra, a vaidade excita
Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio mar de fel
Aqui ninguém vai pro céu
Não precisa morrer pra ver Deus
Não precisa sofrer pra saber o que é melhor pra você
Encontro duas nuvens em cada escombro, em cada esquina
Me dê um gole de vida
Não precisa morrer pra ver Deus”
Criolo – Não existe amor em SP
Boa leitura! Qualquer coisa comunique: culturatividades@gmail.com .
Geraldo Andrade
Coordenador Editorial
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